sábado, 17 de novembro de 2012


Eu acho que cresci. Acho que deixei de ser mais moleca e aprendi a virar mais mulher. Às vezes, penso o quanto irresponsável eu sou por não acordar cedo ou esquecer algumas atividades. Pode se chamar isso de defeito e eu o odeio mesmo os amando. Bem, tenho dezoito anos; continuo não gostando de algumas coisas de quando eu tinha quinze, mas gosto de muito mais coisas ou pessoas agora, do que antes. Acho que elas amadureceram também. Não sei minha cor preferida, mas sei que não gosto de amarelo. Continuo indecisa, mas quem não é? Eu não me lembro de não ter sido desde que eu nasci. E eu nem me importo com isso; só quando precisam da minha decisão. Aí eu fico nervosa, com medo de errar ou de prejudicar alguém. Mas na verdade, nunca chegou ao ponto da minha decisão ser tão importante e eu acho –não querendo ser pessimista-  que isso, de eu ou minhas palavras serem relevantes para poder mudar a vida de uma pessoa. Pois elas mudam por que querem mudar e não só por que um cara vai chegar e te dizer que é para fazer isso ou  aquilo. Ah, faça meu favor! Só se segue regras quando você ganha com isso. Ou quando você tem que segui-las e não é feliz. E em relação à regras, eu não sei se já quebrei  alguma..Tomara que sim, por que é isso que pessoas legais fazem. E eu espero que eu possa ter trinta anos um dia, ler isso e achar uma bobagem. Isso vai ser um sinal bom, vai querer dizer que eu cresci mais. Que talvez eu não tenha os mesmos planos de agora e que eu não seja uma pessoa legal aos trinta (das que seguem regras chatas). A verdade é que, agora..nesse momento...Eu não sei o que eu quero ser da vida. Às vezes penso em ser jornalista, que é para o que eu me inscrevi no vestibular, às vezes penso em ser esteticista porque eu também gosto dessa área..De fazer com que, as pessoas se sintam mais felizes com elas mesmas e talvez usar esta mesma para fazer fotos de todas as minhas futuras clientes. Ou talvez, só pra variar eu queira ser escritora por que a minha mente é meio cheia de histórias e eu gosto de escrever. Faço isso desde que aprendi. Minha mãe nunca leu um texto de minha autoria, mas acho que ela não precisa disso. Eu não preciso escrever duzentas folhas para ela saber quem eu sou exatamente e sem nenhum erro. Eu ainda não sei se gosto que as pessoas me conheçam demais. Mas como não? Se eu conto minha vida toda para as mesmas assim que me apego a elas. Isso é uma droga, eu deveria ser mais fechada..mas não sou. Ah, às vezes penso em ser atriz também. Acho lindo interpretar  papéis de pessoas que você jamais entenderia. Simplesmente, você pode ser o que quiser em um palco (ou o que o diretor quiser). Você pode ser a apaixonada, a chifruda ou a pessoa que magoa. Você pode ser a assassina e até a morta. Você pode ser dançarina, linda, rica e ter todos os homens aos seus pés. Pode fazer com que as pessoas te admirem, mesmo não te conhecendo tão bem. Não vejo pontos negativos no teatro a não ser o salário que não dá para pagar o apartamento que você sonhava quando tinha dezesseis anos e todo mundo pegava no seu pé..e você chorava por tudo e queria ser alguém melhor, rica..sei lá! Só para se livrar da culpa  de não ser o que sua família (ou seja lá quem for) quisesse que você fosse.
 Enfim, eu acho que amo tanta coisa, acho que gostaria de fazer tanta coisa dessa vida. Mas não é a gente que leva a vida, ela que nos leva.

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